Scalabrini


Scalabrini Pai e Apóstolo dos migrantes




Quando o bispo João Batista Scalabrini foi beatificado, em 9 de novembro de 1997, o papa João Paulo II afirmou que foi exemplo de pastor, pois seu coração "sensível e aberto" soube testemunhar, de um jeito vivo e profético, o amor de Jesus Cristo pelos migrantes.



Segundo o papa, o Bem-aventurado Scalabrini é um autêntico Pai dos migrantes, porque sensibilizou as comunidades para uma acolhida aberta, respeitosa e solidária. O Papa enfatizou também que Scalabrini “batalhou vigorosamente por instrumentos legislativos e institucionais que garantissem a proteção humana e jurídica dos migrantes contra qualquer forma de exploração”.


Olhando mais profundamente para o Bem-aventurado Scalabrini, percebemos que é portador de um coração nobre, autêntico e solidário, sobretudo com os migrantes. Por isso, na Estação de Milão contemplou, com ternura e compaixão, aqueles rostos queimados pelo sol, enrugados e abatidos pela vida ingrata que levam. Percebeu a urgência em amenizar a dor dos migrantes italianos que partiam rumo às Américas. Eram homens, mulheres, adultos, idosos, crianças e jovens com seus sentimentos agitados e com almas angustiadas. Todos ligados pela corrente da migração forçada. Essa realidade migratória de sofrimento sensibilizou e moldou o coração do Apóstolo dos migrantes. 

Seu coração de pai também foi esculpido pelo amor misericordioso e compassivo do Cristo Peregrino. Dom Scalabrini viveu intensamente uma espiritualidade cristocêntrica e não permaneceu indiferente ao êxodo forçado. Preocupou-se com os migrantes em todas as dimensões e os guiava com segurança, cuidando, sobretudo, para que não perdessem a fé no Deus de Jesus Cristo. Toda sua vida - energia, olhos, mãos, pés, coração, intelecto - estava voltada aos migrantes que, revestidos de dignidade, preferiam migrar a roubar ou morrer de fome.


Numa homilia, proferida quando celebrou seu jubileu episcopal de prata, Dom Scalabrini deixou transparecer a profunda e verdadeira comunhão estabelecida com os migrantes:


“Asseguro-lhes, porém, filhos bem-amados, que um coração de pai sempre o terão!... posso garantir-lhes que sempre os amei, e que suas alegrias foram sempre as minhas, e seus sofrimentos, os meus”






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